Olá amigos, apresentamos um catálogo muito
solicitado por alguns bibliotecários americanos, se trata de alguns livros das
regiões Norte e Nordeste que consideramos interessante ressaltar pelo seu
conteúdo y sua temática.
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1.- ## Paiva, Melquíades Pinto
Cangaço : uma ampla bibliografia comentada.
Fortaleza : Imeph, 2012. -- 391 p. ; 29x23 cm.
<A vastíssima bibliografia sobre cangaço (movimento social e de
protesto, de comportamento violento e enfrentamento às autoridades,
presente no miserável sertão brasileiro do início do século XX) presente
neste livro, visa ajudar a rastrear toda uma produção inspirada nos gêneros
biográfico, crônica, reportagens, ficção, contos, romances, cordel,
memória, história oral, novelas, roteiros, iconografia e filmoteca sobre o
tema. O autor apresenta aqui, por meio desta bibliografia, a mais completa
biblioteca sobre o cangaço registrando fontes de pesquisa para o tema, que
até hoje é um dos mais populares e enigmáticos sobre a historiografia
contemporânea brasileira. A obra acompanha guia com notas e esclarecimentos
de elaboração e consulta.>
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2.- ## Leão, Reinaldo Carneiro
O fotógrafo Cláudio Dubeux.
Recife : Companhia Editora de Pernambuco. CEPE,
2011. -- 221 p. ; 31x23 cm.
<Este livro reúne fotografias tiradas de 1870 a 1910 pelo
empresário, industrial do açúcar e fotógrafo amador Cláudio Dubeux. Reúne
desta maneira, um rico acervo documental da expansão da malha ferroviária
do Nordeste e do cotidiano das famílias recifenses do século XIX. As cenas
captadas por Dubeux são importantes também como documentação dos costumes e
do panorama das cidades na época retratada. O álbum revela o trabalho de
qualidade que o profissional amador Cláudio Dubeux possuía. Um olhar
singular que levantou uma temática nova e retratou o cotidiano das pessoas,
a família, os amigos ingleses e franceses que viviam no Recife. Paralelo a
isto, ele fotografou paisagens, a abertura da rede ferroviária entre
Pernambuco e Alagoas, mostrando o interior e as pontes.>
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3.- ## Cover, Maciel
O "tranco da roça" e a
"vida no barraco" : um estudo sobre trabalhadores migrantes no
setor do agronegócio canavieiro.
João Pessoa : Universidade Federal da Paraíba.
UFPB, 2011. -- 186 p. ; 21x14 cm.
<O livro visa compreender as relações de trabalho dos
trabalhadores migrantes, provenientes da região Nordeste do Brasil, que são
cortadores de cana em usinas do estado de São Paulo. As condições de
trabalho nos canaviais são marcadas pela intensidade da produtividade,
revelada através do aumento da exigência da quantidade média de cana
cortada por dia. Pesquisadores, pastorais, Ministério Público, movimentos
sociais têm denunciado o processo brutal da exploração do cortador de cana,
o que tem culminado em casos de morte por exaustão, e redução da vida
produtiva. Sem desconsiderar a estrutura de exploração e dominação do
trabalho no setor do agronegócio canavieiro, o autor estuda como os
trabalhadores migrantes não são meros fantoches nas mãos daqueles que estão
em posições de dominação na usina, mas são sujeitos sociais que têm
diversas formas de compreender e atuar sobre as regras de dominação e
controle do trabalho.>
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4.- ## Carreiro, Gamaliel da Silva ; Ferretti, Sergio
Figueiredo ; Santos, Lyndon de A.
Religiões e religiosidades no Maranhão .
São Luis : Universidade Federal do Maranhão. UFMA,
2011. -- 305 p. ; 21x15 cm. -- (Humanidades)
<O livro é composto de artigos resultantes de trabalhos
apresentados durante o "I Seminário de Pesquisa Religiões e
Religiosidades no Maranhão" ocorrido nas dependências da Universidade
Federal do Maranhão no ano de 2010. Os estudos presentes encontram-se
agrupados sobre quatro partes temáticas: "Protestantismos",
"Religiosidade popular", "Catolicismos" e
"Espiritualismos". Destaque para "Feiticeiros contra o
Império: as práticas de feitiçaria e seus desdobramentos no Brasil e
Maranhão do século XIX" e "Os protestantes tradicionais e seus
demônios: uma reflexão sobre o diabo como personificação do mal e sua
influência nos mecanismos de estigmatização, acussação e intolerância
presentes na retórica religiosa brasileira".>
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5.- ## Souza, Marcos Aurélio dos Santos
Narrativas da mestiçagem.
Vitória da Conquista, BA: Univ. Estadual do
Sudoeste da Bahia. UESB, 2012. 227 p. ; 22x15 cm.
<As narrativas dos escritores baianos, Jorge Amado, Adonias Filho
e Sosígenes Costa, reinventam a história da "descoberta" européia
do "novo mundo", e da síntese conciliatória das raças,
caracterizadoras do discurso fundacional – discurso de uma origem única,
mágica e otimista, da nação brasileira. Obras como "Tocaia
Grande" de Jorge Amado, "Luanda Beira Bahia" de Adonias
Filho e "Iararana" de Sosígenes Costa aqui analisadas põem em
xeque as referências históricas consagradas do etnocentrismo europeu e da
mestiçagem, defendida por diversos pensadores sociais, e entendida como uma
imagem definitiva do "povo brasileiro". Propõem, como defende o
autor, uma outra concepção de mestiçagem, dispersa, conflituosa e trágica,
contrapondo-se assim ao discurso nacionalista brasileiro.>
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6.- ## Araújo, Denílson da Silva
Dinâmica econômica, urbanização e metropolização no Rio Grande do
Norte : (1940-2006).
Recife : Fundação Joaquim Nabuco, 2010. -- 350 p.
<Esta obra, fruto de doutorado em Desenvolvimento Econômico,
Espaço e Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Campinas em 2009, tem
como objeto de estudo a economia e a sociedade do estado do Rio Grande do
Norte e analisa a dinâmica econômica e o processo de urbanização ocorridos
nesta região no período de 1940 a 2006. Apesar da delimitação deste período,
a análise tomou como ponto de partida o processo de ocupação do território
potiguar, com o propósito de demonstrar as origens da estrutura econômica e
das relações sociais de produção que foram aí erguidas. Procurou-se desta
maneira, ressaltar que a evolução de seu processo de urbanização foi
produto da ação de sujeitos sociais (capitalistas mercantis) com limitadas
condições e interesses no desenvolvimento de forças produtivas mais
modernas e avançadas, o que contribui para coibir a expansão do capital
industrial e inibir uma urbanização mais diversificada.>
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7.- ## Albuquerque, Maria Betânia Barbosa
Epistemologia e saberes da Ayahuasca .
Belém : Univ. do Estado do Pará. UEPA, 2012. --
252 p. ; 21x15 cm. (Saberes amazônicos)
<Aqui a autora analisa os saberes corporificados na experiência
educativa mediada pela ayahuasca, beberagem de origem indígena feita da
combinação de plantas da Floresta Amazônica, utilizada para diferentes
finalidades entre as quais o auto-conhecimento. Argumenta que, muito além
do que a Pedagogia compreende como educação, as experiências de
aprendizagem vicejam em diferentes espaços e culturas, os mestres não são,
necessariamente, humanos, além de se materializarem em outros critérios de
inteligibilidade do real. O livro descreve os saberes da ayahuasca entre
indígenas e seringueiros da Amazônia. Volta-se, também, para os saberes da
ayahuasca em um contexto religioso, abordando o Santo Daime.>
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8.- Neves, Auricléa Oliveira das
A Amazônia na visão dos viajantes dos séculos XVI e XVII : percurso
e discurso.
Manaus : Valer, 2011. -- 147 p. ; 21x14 cm.
<Esta obra apresenta uma Amazônia dos séculos XVI e XVII. Uma
Amazônia ainda desconhecida pelos europeus daquela época. A autora registra
relatos de dois dos mais significativos cronistas do desbravamento da
floresta, testemunhas das primeiras expedições europeias por nossos rios e
florestas: os espanhóis Frei Gaspar de Carvajal, que relatou a saga de
Francisco Orellana ao longo do Rio Amazonas (1541/1542), e o padre
Cristóbal de Acuña, que acompanhou a expedição de Pedro Teixeira na viagem
empreendida em 1639. Para melhor compreensão dessas obras, a autora buscou
contextualizá-las no tempo e no espaço de sua produção, investigar as
circunstâncias históricas para sua elaboração e acrescentar um estudo
analítico sobre aspectos do discurso de seus autores.>
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9.- Farias, Eliane ; Barcellos, Lusival
Memória tabajara : manifestação de fé e identidade étnica.
João Pessoa : Universidade Federal da Paraíba.
UFPB, 2012. -- 231 p. ; 23x16 cm.
<Mais de um século de medo e perseguição. Esse foi o tempo em que
o povo Tabajara na Paraíba ficou em silêncio. Isso resultou na perda da
identidade e desconhecimento da história desse grupo por inúmeras gerações.
Mas o cumprimento de uma profecia muda essa realidade e agora se começa a
reconstruir as origens esquecidas. Isso tudo é revelado na presente obra,
fruto de mestrado em Ciências da Religião pela Universidade Federal da
Paraíba em 2010. A obra discorre sobre o fenômeno religioso da tribo, que
segundo a autora, possuem toda uma espiritualidade única, raramente vista
em outras tribos do Brasil, além de serem extremamente ligados à natureza.
Comportamentos que diante da dinâmica do tempo e da aculturação imposta
pela a cultura vigente foram modificados. Ela busca desta maneira mostrar o
que a aculturação faz com os povos naturais.>
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10.- ## Alves Sobrinho, José
Lampião, Antônio Ferreira e Levino : a parceria e o cangaço.
Olinda : Babecco, 2012. -- 235 p. ; 22x15 cm.
<Um dos principais objetivos deste livro é mostrar a formação do
Cangaço, movimento político e social brasileiro, firmados nas raízes do
roubo e da violência que teve início no final do século XX e em grande
parte do século XX, amparados pela pobreza e miséria que assolava o sertão
brasileiro. A sequência dos fatos se revelaram numa minuciosa pesquisa, a
qual colocou ao conhecimento o cangaceirismo no sertão e seu alastramento
por toda a região do país. Aqui, cangaceiros lendários são resgatados, como
Virgulino Ferreira (Lampião), Mané Neto e Zé Guedes, além de diversos
acontecimentos e conflitos que marcaram a ascensão do Cangaço que
aterrorizou as autoridades brasileiras no início do século XX.>
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11.- ## Nóbrega, Geralda Medeiros
O nordeste como inventiva simbólica : ensaios sobre o imaginário
cultural e literário.
Campina Grande : Univ. Estadual da Paraíba.
UEPB, 2011. -- 185 p. ; 21x15 cm. (Substractum)
<Analisando a temática poética aflorada no nordeste brasileiro,
descrito por seis autores – Manuel Bandeira, Graciliano Ramos, Rachel de
Queiroz, João Cabral de Melo Neto, Manoel Camilo dos Santos e Patativa do
Assaré – a autora retrata em sua pesquisa um quadro comparativo acerca dos
cenários desses autores sob a ótica do pensamento fenomonológico de
Bachelard. A autora comenta o que estes cenários têm em comum nas diversas
obras analisadas: os espaços do tempo, da utopia, a seca e a morte muito
presentes no imaginário popular nordestino brasileiro. A partir de cada
tema, estabelece assim um processo comparativo entre os autores que, embora
tendo como fundamento toponímico, o nordeste, constroem a sua maneira, um
espaço próprio em que ora aflora a ideia da morte, ora a esperança utópica
de um espaço imaginário e trans-histórico.>
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12.- ## Fonseca, Ozorio
Pensando a Amazônia .
Manaus : Valer, 2011. -- 496 p. ; 23x16 cm.
<Esta obra, que analisa um dos mais ricos biomas do planeta se
inicia desmistificando a planície da região como principal característica regional
. Um capítulo inteiro é dedicado à diversidades amazônicas definidas como
física/natural, de povoamento, cultural, étnica, social, biológicas e
econômica. A obra oferece também detalhes dessas diversidades que são
reflexos da história geológica e geográfica, do clima, da ocupação humana,
da geografia das várias Amazônias, das paisagens, dos recursos minerais,
hídricos, biológicos. Reflete-se, também sobre a questão do acesso e uso da
biodiversidade, sobre biopirataria, economia regional, modelos econômicos,
energia e transporte e para finalizar é feita uma abordagem da questão
ambiental, das políticas públicas inseridas na Amazônia e das bases
teóricas para um desenvolvimento sustentável.>
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13.- ## Freire, Luiz Cleber Moraes
Nem tanto ao mar nem tanto à terra : agropecuária, escravidão e
riqueza em Feira de Santana, 1850-1888.
Feira de Santana : Universidade Estadual de Feira
de Santana. UEFS, 2012. -- 224 p. ; 22x16 cm.
<Este trabalho, fruto de mestrado em História pela Universidade
Federal da Bahia em 2007, analisa a fazenda de gado e o trabalho escravo na
Bahia durante o século XIX. Nessas unidades além da criação de gado,
praticava-se a agricultura. Essas duas atividades, amparadas pelo trabalho
escravo, tornaram-se a base da riqueza da comarca de Feira de Santana, no
período compreendido entre 1850 e 1888. Localizada numa zona de transição
entre litoral e sertão, a fertilidade do solo da região permitiu que nele
se desenvolvessem fazendas de gado e exploração de culturas agrícolas
variadas, justificando assim a grande presença do trabalho escravo na
região. Atuando por vezes em atividades não muito comuns no meio rural,
além dos serviços diretamente ligados à lavoura, os escravos exerceram
outras atividades complementares aos serviços da fazenda, como ferreiro,
sapateiro, e até músico, ocupações que destoavam daquelas voltadas para a
terra e o gado.>
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