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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

LIVROS DESTACADOS DA FEIRA DO LIVRO DE PORTO ALEGRE - 2


LIVROS DESTACADOS DA FEIRA DO LIVRO
DE PORTO ALEGRE - 2

Apresentamos livros lançados e destacados da Feira do Livro de Porto Alegre Número 2, realizada entre os dias 26 de Outubro e 11 Novembro do ano de 2012, organizada pela Câmara Rio-Grandense do Livro. A Feira é uma das mais antigas do Brasil, é considerada a maior do gênero a céu aberto da América Latina. Possui espaços destinados aos expositores e à promoção de atividades artísticas e culturais em torno do livro e da leitura.

1.- Guimaraens, Rafael
Mercado público : palácio do povo = Public market : the people's palace.
1a. ed. -- Porto Alegre : Libretos, 2012. – 167 p. ; il. ; 29x29 cm.
Rumo aos 150 anos, o Mercado Público de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, exibe vitalidade. Ao seu redor, a paisagem mudou, a cidade cresceu, novas tecnologias transformaram as relações econômicas e sociais, novos hábitos se incorporaram ao cotidiano da cidade. Mas o Mercado continua presente na vida de milhões de cidadãos, como espaço de abastecimento, convívio e cidadania. Através de textos, fotografias e ilustrações, o Mercado Público é aqui apresentado, nos seus mais variados aspectos: seu povo e clientela, os costumes, fatos e tragédias que marcaram o local, sua arquitetura e seus comerciantes, dentre diversos outros. Edição bilíngue: português-inglês.

2.- Santos, Klécio
Sete de Abril : o teatro do imperador.
1a. ed. -- Porto Alegre : Libretos, 2012. – 191 p.
Primeiro teatro construído no Rio Grande do Sul, o Sete de Abril foi idealizado e financiado pela Sociedade Scenica Theatro Sete de Abril. O nome vem da data em que o imperador Dom Pedro I abdicou do trono brasileiro em favor de seu filho, Pedro II.  Com o projeto de autoria do engenheiro alemão Eduard Van Kertchmar, o Sete de Abril teve suas obras iniciadas em 1931 e concluídas em 1934, embora tenha sido inaugurado no final do ano anterior. Ao longo de sua história já serviu de alojamento de soldados durante a Guerra dos Farrapos, foi sala de cinema por décadas, recebeu companhias europeias de teatro, mas atualmente encontra-se com as portas fechadas. As principais histórias ocorridas nos quase 180 anos de existência do Theatro Sete de Abril são recontadas em detalhes nesta obra, amplamente ilustrada com fotografias e recortes da época.

3.- Souza, Blau Fabrício de, 1940-
Pela palavra empenhada : a Revolução de 1932.
1a. ed. -- Porto Alegre : AGE, 2012. – 184 p. ; il. ; 23x16 cm.
Muito diferentes são as versões sobre a Revolução Constitucionalista de 1932, movimento armado que tinha por objetivo a derrubada do Governo Provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova constituição para o Brasil. Vão desde uma ode aos democratas que se opunham às ditaduras e que cedo anteviam o exagerado gosto pelo poder em Getúlio Vargas, até os que enxergavam no movimento uma motivação reacionária de interesses econômicos contrariados pela Revolução de 1930 e tudo o que ela representou para o Brasil Moderno. Neste livro, os autores recolheram os depoimentos ainda encontráveis em reminiscências e biografias, e montaram quadro inédito de uma crônica da rebelião de 1932 ocorrida no Rio Grande do Sul. A obra mostra as nítidas demonstrações de descontentamento dos gaúchos com o conterrâneo Vargas, abordando principalmente a concepção do povo do Sul sobre um dos mais importantes acontecimentos políticos brasileiros do século XX.

4.- Tedesco, João Carlos 
Entre raízes e rotas : identidades e culturas em movimento : aspectos da imigração brasileira na Itália.
1a. ed. -- Itajaí : Universidade do Vale do Itajaí. UNIVALI, 2012. -- 399 p. ; il. ; 21x14 cm. ( Memória & cultura )
Neste livro o autor discorre sobre o processo imigratório de brasileiros para a Itália. A realidade migratória brasileira no país europeu revela aqui horizontes culturais, históricos e territoriais de longa data; e é impossível entendê-la sem entender todo um processo ocorrido de mobilidade, movida por um sonho um desejo de "mudar de vida" e de emigrar. Mas para isso pressupõem-se valores, como tolerância, alteridade, reconhecimento e respeitabilidade; realidade essa que é ainda um dos grandes imperativos da sociedade contemporânea e que a experiência migratória expressa, exacerba e desafia. Neste sentido, há vínculos, redes informais e institucionais, irmandades culturais, canais que viabilizam migrações tuteladas, anéis que ligam culturas distanciadas temporalmente, mas identificadas com origens comuns. O presente livro adentra para essa realidade de tempos que se cruzam e que revelam um tecido social complexo num "mundo em movimento".

5.- Zarth, Paulo Afonso coordinador 
História do campesinato na fronteira sul.
1a. ed. -- Chapecó : Universidade Federal da Fronteira Sul. UFFS, 2012. - 319 p. ; il. ; 23x16 cm.
Os textos deste livro fazem parte de uma pesquisa sobre o campesinato e os povos indígenas da fronteira Sul do Brasil, espaço compreendido pela Mesorregião Grande Fronteira do Mercosul que abrange o norte do Rio Grande do Sul, o oeste de Santa Catarina e o sudoeste do Paraná. A seleção de artigos tomou por base as novas abordagens e os novos temas historiográficos investigados por diversos pesquisadores da região, numa perspectiva crítica à tradição centrada na ideia de progresso e da colonização europeia como centralidade. A história do mundo rural do sul revelada nas pesquisas mostram as estreitas conexões entre povos indígenas, colonos de origem europeia e povos de origem africana. Os movimentos sociais do campo da atualidade tendem a unir os camponeses em torno de problemas comuns que atingem a todos sem distinção de origem étnica e cultural.

6.- Ferreira, Roberto Schaan 
Por que os ponchos são negros.
1a. ed. -- Porto Alegre : Editora da Cidade, 2012. -- 270 p. ; 21x14 cm. ( Prêmio Açorianos de Criação Literária )
Este livro vencedor do Prêmio Açorianos de Criação Literária 2011 a categoria Narrativa Longa, narra as memórias de um protagonista anônimo durante a ditadura militar no Rio Grande do Sul. Na tangente de um grupo "subversivo", acaba sendo tomado por revolucionário e tendo de fugir para o interior do Estado para escapar da opressão. Na trama, entre relato histórico de um período violento da história do Brasil e o resgate poético de uma juventude conturbada, há a impossibilidade de um romance e o trauma de um abandono forçado da própria identidade. Esta é a primeira obra do autor, formado em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

7.- Dacanal, José Hildebrando 
A Capela de Três Vendas de Catuípe : ensaios sobre a sociedade colonial-imigrante clássica.
1a. ed. -- Porto Alegre : Soles, 2011. – 237 p. ; il. ; 23x16 cm.
A história da imigração italiana no Rio Grande do Sul se encontra registrada em um extenso acervo de obras produzidas no século XX, particularmente a partir de 1970, quando a chamada sociedade colonial-imigrante clássica desapareceu intempestivamente,insumida no avassalador processo de industrialização e homogeneização do país. Os textos aqui reunidos, alguns dos quais temática e estilisticamente impactantes, abordam a história da sociedade colonial-imigrante clássica no estado sul-rio-grandense, a partir de vários ângulos e de vários aspectos, que vão desde sua formação a seu desaparecimento, tendo como foco central uma comunidade na região noroeste do estado: a Capela de Três Vendas de Catuípe, terra natal do autor.

8.- Remédios, Maria Luíza Ritzel coordinador
Transversais da memória : história e identidade na literatura portuguesa.
1a. ed. -- Santa Maria : Universidade Federal de Santa Maria. UFSM, 2012. -- 351 p. ; 23x16 cm.
O livro centra-se na leitura analítica de diversos autores considerados como vozes mais representativas da literatura portuguesa. Do final do século XIX, Camilo Pessanha e Eça de Queirós; do século XX até os dias atuais, Carlos de Oliveira, Alves Redol, Augusto Abelaira, António Lobo Antunes, Helder Macedo e Inês Pedrosa são lidos criticamente e avaliados por pesquisadores e professores brasileiros de Literatura Portuguesa. Daí o interesse que o livro suscita: as várias perspectivas evidenciam a nova escrita do "ser português", e as rupturas sociais, políticas e históricas dão a conhecer, desde aí, novas concepções de cultura. Destaque para os textos "Sensoriedade, dialética e liminaridade na política de Alberto Caeiro" e "Os bastidores revelados (as mulheres e as narrativas históricas)".

9.- Saggiorato, Alexandre 
Anos de chumbo: rock e repressão durante o AI-5.
1a. ed. -- Passo Fundo : Universidade de Passo Fundo. UPF, 2012. -- 184 p. ; il. ; 21x14 cm. ( Memória & cultura )
Aborda o papel significativo do rock and roll não só nos Estados Unidos, mas também em diversos lugares do mundo, inclusive no Brasil, desde a década de 1950. Sua linguagem e contextualização sofreram diversas transformações ao longo dos anos, assim como outras formas de arte. O rock descreveu sociedades e contestou atos  políticos, porém, no Brasil, entre a explosão da Jovem Guarda nos anos de 1960 e o rock nacional em 1980, há um capítulo importante e pouco documentado. É com esse olhar que o livro apresenta um estudo sobre o rock brasileiro dos anos 1970, produzido na ditadura militar (1964-1985), no período de maior repressão causado pelo Ato Institucional nº5. Uma manifestação artística libertária e pacífica não poderia coexistir de forma harmônica com o regime autoritário. Assim, a juventude procurou por meio do rock seu próprio caminho em direção à felicidade, rompendo com os ideais de quem queria impor repressão e censura no país.

10.- Machado, Ironita Policarpo 
Entre justiça e lucro : Rio Grande do Sul, 1890-1930.
1a. ed. -- Passo Fundo : Universidade de Passo Fundo. UPF, 2012. – 336 p. ; il. ; 21x14 cm.
Esta obra busca demonstrar primeiramente, que o poder judiciário do Rio Grande do Sul era adepto de uma concepção de racionalidade capitalista. Para isto o autor aborda a colonização a partir do papel desse poder, articulado com o poder econômico e político dos grupos dominantes. Trata do papel do judiciário na constituição do estado na transição entre império e a primeira república sul-rio-grandense contextualizado em nível nacional. Acompanhando a leitura de peças jurídicas, a pesquisa contextualizou historicamente cada demanda e referiu detalhadamente a legislação agrária vigente, compondo o cenário no qual se desenrolaram os pleitos. A análise das fontes definiu o lugar dos sujeitos históricos e desvelou as relações de poder do período: homens de palha, os "rudes colonos incapazes de compreender as normas do direito" versus os homens de notabilidade, os bacharéis, legisladores, ou seja, os capitalistas.

11.- Quadros, Ezeula Lima de 
A defesa do modo de ser guarani : o caso de Caaró e Pirapó, em 1628.
1a. ed. -- Porto Alegre : Edigal, 2012. – 176 p. ; il. ; 21x14 cm.
Neste livro, com base em documentação história, estão os embasamentos que sustentam a premissa que os índios Guarani, ao promoverem a morte dos jesuítas Roque Gonzáles de Santa Cruz, Afonso Rodriguez e João Del Castilho,estavam defendendo o seu modo de ser - de viverem segundo suas crenças e costumes, preservando sua identidade cultural -, e que, portanto a morte dos padres foi a culminância de um processo de reação à uma imposição da evangelização e do reducionismo. O motivo inicial para a elaboração da obra, foi buscar a veneração popular aos jesuítas, considerados mártires e hoje Santos da Igreja Católica, já que muitos autores, geralmente os jesuítas, abordam a morte dos três religiosos apenas como assassinatos e massacres numa visão parcial, que desconsidera as circunstâncias em que ocorreram as mortes.

12.- Carbonera, Ildo 
Imigração italiana : da Cuccagna ao Google Earth.
1a. ed. -- Porto Alegre : Suliani Letra & Vida, 2012. – 200 p.
O presente estudo é resultado de pesquisa realizado na UNIOESTE (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) entre 2009 e 2001, em três etapas, representadas por três trajetórias (da Itália para o Brasil, das comunidades do interior para o mundo urbano, e do berço urbano para o Google Earth) e por três frases substantivas (a Cuccagna no mundo italiano e a conquista da América, a Cuccagna no mundo da descendência italiana rural e a conquista da cidade, e a cuccagna no mundo de descendência italiana urbana e a conquista do mundo através do Google Earth). Na primeira parte encontra-se o "homem" diante da "terra prometida", e outras "utopias" e os imigrantes italianos e seus descendentes diante das promessas de um mundo de fortuna e fartura. Nas outras partes, já na cidade, os sonhos e as esperanças dsa pessoas não vão muito além de conseguir um emprego e procurar um local para viver, ganhar a vida ou prosperar através do estudo e do trabalho.

13.- Paiva, Carlos Águedo, 1961- 
A metamorfose inconclusa : transição capitalista e construção do Estado burguês no Brasil : um estudo sobre a obra de Florestan Fernandes.
1a. ed. -- Santa Cruz do Sul : Univ. de Santa Cruz do Sul. UNISC, 2012. – 413 p. ; 21x14 cm.
O livro "A revolução burguesa no Brasil" – reputada como a obra mais importante de Florestan Fernandes (1920-1995) – é um clássico da sociologia brasileira e, mais de 35 anos após seu lançamento continua a causar polêmicas, a inspirar encontros, debates e análises. Em sua obra, Fernandes fazia uma provocação já no título da obra, pois, para muitos, remetia a seguinte pergunta: afinal, houve uma revolução burguesa no Brasil? Neste livro, o autor faz uma análise detalhada e crítica da obra do intelectual. Ele afirma que a análise de conjuntura que Florestan Fernandes fazia na época era muito sofisticada e precisa, afirmando que ele colocou o trilema – subcaptalismo, capitalismo avançado, ou socialismo – como alternativas históricas para o desenvolvimento econômico do país. Mostra também que suas previsões – crescimento econômico, agudização do conflito distributivo, criação de um grande partido de esquerda – foram, em parte, cumpridas.


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