Coleção Ensaios de Cultura
Esta coleção é composta de ensaios que apresentam reflexões inovadoras sobre ciência e arte, escritos por autores brasileiros ou estrangeiros, em diferentes áreas do conhecimento, como História, Filosofia, Estudos Literários, Psicologia, entre outras.
1.- Silva, Maurício Pedro
A HÉLADE E O SUBÚRBIO : CONFRONTOS LITERÁRIOS NA
BELLE ÉPOQUE CARIOCA .
São Paulo: Universidade de São Paulo. USP, 2006. -- 125 p. ; 23x16
cm. -- (Ensaios de cultura; 29)
A literatura Belle Époque
caracterizada fundamentalmente pela existência de diversas tendências
literárias concomitantemente, é examinada pelo autor mediante o confronto de
duas tendências, com foco em seus representantes mais eminentes: a literatura
oficial, conservadora, representada por Coelho Neto, e a literatura
pré-modernista, renovadora e questionadora, representada por Lima Barreto.
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2.- Manfrini, Bianca Ribeiro
A MULHER E A CIDADE : IMAGENS DA MODERNIDADE
BRASILEIRA EM QUATRO ESCRITORAS PAULISTAS .
São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2011. -- 262 p. ; 23x16
cm. -- (Ensaios de cultura; 43)
A relação entre autoras
de diferentes décadas do século XX – Patrícia Galvão, Maria José Dupré, e
Zulmira Ribeira Tavares – é o objetivo da pesquisa da autora que culminou
neste livro. O intuito principal da abordagem é observar como o conjunto da
obra dessas escritoras dá forma, representa e sedimenta uma modernidade
realizada tardiamente naquela que pode ser considerada a cidade mais moderna
do país, observa a autora. A especificidade de obras tão distintas é
justamente sua irregularidade e a descontinuidade da paisagem urbana nas
obras, em regiões como o Itaim-Bibi, e o Brás. A análise da implantação da
modernidade, realizada de maneira desigual, se mostra importante para a
discussão de obras tão distintas. Para a autora, o estudo dessas escritoras
pode sugerir uma reflexão sobre nossa historiografia literária, que as
marginalizou por diversos motivos, e as próprias lacunas dessa
historiografia, inclusive críticas.
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3.- Passos, Cleusa Rios P.
AS ARMADILHAS DO SABER : RELAÇÕES ENTRE
LITERATURA E PSICANÁLISE .
São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2009. -- 208 p. ; 23x16
cm. -- (Ensaios de cultura; 37)
A autora apresenta neste
livro, diversos ensaios, escritos em momentos diferentes e reunidos para essa
publicação, que têm em comum o objetivo de verificar a presença e a
transmutação de conceitos e procedimentos psicanalíticos em textos da prosa,
da canção popular e do teatro da literatura brasileira. Os textos analisam
autores como Machado de Assis, Chico Buarque, Oswald de Andrade, Murilo
Mendes, Cecília Meireles e Clarice Lispector, sempre sob a perspectiva da
crítica literária. Segundo a autora, a leitura se apóia no que considera
subsídios psicanalíticos para a interpretação literária, enfatizando que não
pretende reduzir o literário a exemplos da psicanálise, e observando os
limites entre os dois campos, evitando que um sirva de mera ilustração do
outro, para, isto sim, estabelecerem confluências entre si.
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4.- ## Braga-Pinto, César
AS PROMESSAS DA HISTÓRIA : DISCURSOS PROFÉTICOS E ASSIMILAÇÃO NO
BRASIL COLONIAL (1500-1700)
São Paulo: Universidade de São Paulo. USP, 2003. -- 221 p. ; 23x16
cm. -- (Ensaios de cultura; 23)
Por meio da leitura de
textos dos séculos XVI e XVII pertencentes a diferentes gêneros literários -
narrativas de viagem, poesia mística, autos religiosos e tratados - discute
como, durante os dois primeiros séculos do período colonial brasileiro, o
contraste entre um certo otimismo dos discursos proféticos e a realidade
presente está articulado. Obra desenvolvida a partir de tese de doutoramento
em Literatura Comparada pela Universidade da Califórnia em 1999.
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5.- ## Santos, Márcio
BANDEIRANTES PAULISTAS NO SERTÃO DO SÃO
FRANCISCO : POVOAMENTO E EXPANSÃO PECUÁRIA DE 1688 A 1734 .
São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2009. -- 182 p. ; 23x16
cm. -- (Ensaios de cultura; 41)
O autor revela, neste
livro, o processo por meio do qual grupos sertanistas de São Paulo
abandonaram a tradicional mobilidade associada aos paulistas para se
estabelecerem como criadores de gado no remoto sertão do São Francisco.
Instabilidade e mobilidade eram características comumente associadas pelos
historiadores da primeira metade do século XX à circulação dos paulistas pelo
interior da América portuguesa. Entretanto, o autor mostra que esses
paulistas tinham intenção de enraizarem-se e que o processo de conquista e
expansão do território esteve relacionado às dificuldades de acesso à terra
que encontravam em São Paulo. Outro aspecto importante da pesquisa do autor é
o de revelar o processo de povoamento nas regiões não-mineradoras,
focalizando especificamente as cidades do norte e noroeste de Minas Gerais,
como São Romão, Januária e Montes Claros.
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6.- Queiroz, Renato da Silva
CAIPIRAS NEGROS NO VALE DO RIBEIRA : UM ESTUDO
DE ANTROPOLOGIA ECONÔMICA .
2a. ed. .-- São Paulo: Universidade de São Paulo. USP, 2006. -- 136 p.
; 23x16 cm.
Sítio arqueológico da
história da escravidão negra brasileira, o bairro rural de Ivaporunduva,
localizado no Vale do Ribeira de Iguape, interior paulista, é considerado uma
comunidade remanescente de quilombos formados entre os séculos XVII e XVIII.
Num movimento de resistência, os habitantes isolaram-se no local para fugir
da discriminação e evitar desagregação do grupo que permaneceu pobre e
anônimo. Neste livro, o autor apresenta um estudo da situação socioeconômica
desse grupo social formado majoritariamente por negros católicos, e preenche
a lacuna bibliográfica provocada pela quase ausência de trabalhos acadêmicos
sobre a população negra brasileira em ambiente rural.
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7.- ## Bernucci, Leopoldo M.,
-1952
DISCURSO, CIÊNCIA E CONTROVÉRSIA EM EUCLIDES DA
CUNHA .
São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2008. -- 188 p. ; 23x16
cm. -- (Ensaios de cultura; 35)
Este livro reúne doze
ensaios de pesquisadores de renome que debatem controvertidos temas ligados
aos estudos de Euclides da Cunha. Os ensaios aqui reunidos pretendem discutir
a diversidade de perspectivas críticas admitidas pela leitura crítica de
"Os sertões", as quais vão desde a preocupação histórica e
biográfica até questões propriamente interpretativas. Discute-se também a
influência da obra sobre considerável número de textos ficcionais e
não-ficcionais, produzidos dentro e fora do Brasil; a apropriação pelo autor
das teorias científicas de sua época; a heterogeneidade discursiva do livro;
entre outros temas.
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8.- Pondé, Luiz Felipe, -1959
DO PENSAMENTO NO DESERTO : ENSAIOS DE FILOSOFIA,
TEOLOGIA E LITERATURA .
São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2009. -- 264 p. ; 23x16
cm. -- (Ensaios de cultura; 38)
Coletânea de ensaios
escritos entre 2000 e 2006, alguns deles inéditos e outros publicados em
periódicos acadêmicos, nos quais o filósofo Luiz Felipe Pondé trata de temas
relacionados à filosofia e teologia. O autor é um crítico da modernidade, no
sentido conservador do termo. Para ele, a esterilidade de nosso tempo se
traduz de forma absoluta, seja no campo da crítica à instrumentalização da
vida, seja na euforia tecnológica e hedonista característica daqueles que
apostam na emancipação prometida pelo progresso técnico e o estímulo sensual.
No espaço destes ensaios, Pondé tenta compreender algumas questões da
tradição do pensamento ocidental que afetam a chamada condição humana,
presentes na matéria histórica contemporânea, e seu alcance epistemológico e
moral.
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9.- Aguiar, Joaquim Alves de
ESPAÇOS DA MEMÓRIA : UM ESTUDO SOBRE PEDRO NAVA .
São Paulo: Universidade de São Paulo. USP, 1998. -- 224 p. ; 23x16
cm. -- (Ensaios de cultura)
Nesta reconstituição do
processo de formação de Pedro Nava, configurado em sua obra memorialística, e
visitado os espaços diversos em que ela transcorreu: a casa, a rua, a escola,
o trabalho, que correspondem a fases da vida do autor mineiro, infância,
adolescência, juventude e maturidade. Ao seguir o narrador de Nava buscando
os pontos em que a vida e a litaratura se misturam no ato de recordar e
escrever, Joaquim Aguiar traça ao mesmo tempo um retrato da persona literária
do autor, contextualizando-o no cenário do Modernismo brasileiro, revendo sua
convivência estreita com figuras marcantes do país, o intervalo entre suas
primeiras produções literárias e a eclosão tardia do ciclo de memórias, a
partir da publicação de "Baú de Ossos", em 1972, até culminar no
silêncio enigmático do suicídio, limite da vida e da obra.
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10.- ## Kestler, Izabela Maria
Furtado, -1959
EXÍLIO E LITERATURA : ESCRITORES DE FALA ALEMÃ
DURANTE A ÉPOCA DO NAZISMO .
São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2003. -- 291 p. ; 23x16
cm. -- (Ensaios de cultura; 22)
Traça um painel das
trajetórias biográficas dos escritores e intelectuais exilados no Brasil
assim como das atividades antifascistas de vários grupos, e apresenta um
quadro da produção escrita e ou inspirada pela estadia no Brasil. Em seguida,
aborda as obras de três autores: Stefan Zweig, Ulrich Becher e Hugo Simon.
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11.- ## Lima, Luís Corrêa
FERNAND BRAUDEL E O BRASIL : VIVÊNCIA E
BRASILIANISMO (1935-1945) .
São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2009. -- 216 p. ; 23x16
cm. -- (Ensaios de cultura; 39)
O historiador Fernand
Braudel viveu uma grande transformação humana e intelectual quando esteve no
Brasil entre 1935 e 1937, lecionando na recém-criada Universidade de São
Paulo. Integrou a chamada missão francesa incumbida da montagem da Faculdade
de Filosofia, Ciências e Letras. O significado do Brasil na vida e no
pensamento de Braudel é o tema desta obra, que resgata a face brasileira do
historiador e apresenta os trechos do manuscrito inacabado sobre a história
do Brasil no século XVI, nunca antes publicado. No período em que Braudel
esteve na prisão nazista, durante a Segunda Guerra Mundial, prosseguiu com
sua tese, analisou a obra de Gilberto Freyre e redigiu esse ensaio sobre o
Brasil. O autor apresenta as razões da vinda do historiador ao Brasil, o seu
trabalho na universidade e no país, as amizades que fez entre os membros da
elite paulistana, os escritores e intelectuais que manteve contato e seu interesse
pela história do país.
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12.- Ornellas, Clara Ávila
JOÃO ANTÔNIO, LEITOR DE LIMA BARRETO .
São Paulo: Universidade de São Paulo. USP, 2011. -- 252 p. ; 23x16 cm.
-- (Ensaios de cultura; 44)
Trata-se da abordagem das
obras dos dois escritores em busca de particularidades que atestem
semelhanças e diferenças entre os pontos de vista de ambos no que concerce a
três subtemas específicos: relação cidade e literatura, jornalismo e
literatura e tolstoísmo. Atesta-se como João Antônio, reconhecido admirador
de Lima Barreto, apresenta similaridades com o pensamento barretiano
principalmente em relação à valorização do homem como centro do objeto
estético. Porém, como pode ser verificado, nem por isso ele foi um simples
seguidor da obra do autor carioca. Isso pode ser atestado principalmente ao
se observar as particularidades da produção do escritor paulistano no
condizente à linguagem, contexto histórico e composição artística.
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13.- ## Bulhões, Marcelo
LEITURAS DO DESEJO : O EROTISMO NO ROMANCE
NATURALISTA BRASILEIRO .
São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2003. -- 242 p. ; 23x16
cm. -- (Ensaios de cultura; 21)
Analisa os componentes
discursivos da representação eróticae avalia a presença do desnudamento
erótico no processo de narração da prosa naturalista a partir de algumas
situações identificadas nos romances "A carne" (1888) de Júlio
Ribeiro, "O urso" (1901) de Antônio de Oliveira, "O
cromo" (1888) de Horácio de Carvalho, "O homem" (1887) e
"O cortiço" (1890)de Aluísio de Azevedo, entre outros. Marcelo
Bulhões é doutor em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo eprofessor
de Língua e Literatura Portuguesa na UniversidadeEstadual de São Paulo.
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14.- ## Ferreira, Carlos Rogé
LITERATURA E JORNALISMO, PRÁTICAS POLÍTICAS :
DISCURSOS E CONTRADISCURSOS, O NOVO JORNALISMO, O ROMANCE-REPORTAGEM E OS
LIVROS-REPORTAGEM .
São Paulo: Universidade de São Paulo. USP, 2003. -- 427 p. ; 23x16
cm. -- (Ensaios de cultura; 24)
Doutorado em Comunicação pela Universidade de
São Paulo (2001). Examina as relações entre contradiscursos, um discurso
emancipador de esquerda e narrativas literário-jornalísticas, em torno da
articulação da esfera pública e da luta de classes.
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15.- ## Almeida, Teresa de
LÚCIO CARDOSO E JULIEN GREEN : TRANSGRESSÃO E
CULPA .
São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2009. -- 231 p. ; 23x16
cm. -- (Ensaios de cultura; 42)
A autora propõe neste
livro uma análise comparativa da obra de Lúcio Cardoso e Julien Green,
escritores que se distinguiram por um sentimento angustiado do embate entre
forças interiores extremas. Baseando-se em semelhanças evidentes, e
fundamentada em uma bibliografia relevante, a autora preocupa-se em destacar
o diálogo de situações que aproximam os dois escritores, identificando as
circunstâncias semelhantes, o círculo de amizades, as referências literárias
de ambos. A análise de Teresa estrutura-se em duas partes. A primeira
compreende o contexto estético e religioso das duas culturas, e a segunda, o
confronto entre temas e imagens presentes nos dois autores. Assim, o livro
segue um movimento de fora para dentro, em um aprofundamento que busca os
pormenores e, por meio deles, apreender outros laços, estes mais propriamente
literários.
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16.- ## Rosenbaum, Yudith
METAMORFOSES DO MAL : UMA LEITURA DE CLARICE
LISPECTOR .
São Paulo: Universidade de São Paulo. USP, 2006. -- 184 p. ; 23x16
cm. -- (Ensaios de cultura; 17)
Psicóloga e Doutora em
Teoria Literária pela Universidade de São Paulo, a autora realiza um ensaio
dividido em seis capítulos sobre a ficção de Clarice Lispector a partir de
uma visão psicanalítica. Prólogo: Vilma Arêas.
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17.- Oliveira, Waltencir Alves
de
O GOSTO DOS EXTREMOS : TENSÃO E DUALIDADE NA
POESIA DE JOÃO CABRAL DE MELO NETO, DE PEDRA DO SONO A ANDANDO SEVILHA .
São Paulo: Universidade de São Paulo. USP, 2012. -- 158 p. ; 23x16
cm. -- (Ensaios de cultura; 46)
O trabalho é uma leitura
da obra de João Cabral de Melo Neto, de "Pedra do Sono" a
"Andando Sevilha", reavaliando algumas considerações de sua Fortuna
Crítica. Promove-se a revisão de alguns estudos definidores da poética
cabralina que postularam que sua lógica de composição está atrelada à
segmentação de sua poesia em duas vertentes: as "duas águas".
Apresenta-se, portanto, a análise dos seis livros do poeta de "Museu de
Tudo" a "Andando Sevilha" que conferem ao todo da poesia de
João Cabral uma nova conformação. A partir da análise da tematização do
lirismo-amoroso e do feminino e da inscrição do autobiográfico na obra,
problematiza-se a divisão da poesia cabralina em duas vertentes e
reconsideram-se os desdobramentos dela decorrentes.
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18.- ## Gouvêa, Leila V. B.
PENSAMENTO E "LIRISMO PURO" NA POESIA
DE CECÍLIA MEIRELES .
São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2008. -- 245 p. ; 23x16
cm. -- (Ensaios de cultura; 34)
A singularidade da poesia
de Cecília Meireles face ao modernismo é a questão inicial colocada por Leila
Gouvêa neste ensaio: para a autora, pode-se caracterizá-la como poesia
moderna dentro da tradição pós-simbolista internacional. Analisando as obras
de Cecília, desde a fase inicial até sua produção madura, a autora procura
identificar o pensamento estético da escritora, a presença do cotidiano em
sua poesia, como a genealogia do pensamento e da "metafísica"
atravessa sua lírica, a presença do mito, a presença e o sentimento do tempo
histórico na poética ceciliana. Leila Gouvêa é doutora em Letras pela
Universidade de São Paulo.
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19.- Arantes, Marco Antonio,
-1946
QORPO-SANTO : INOVAÇÃO E CONSERVAÇÃO .
São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2009. -- 216 p. ; 23x16
cm. -- (Ensaios de cultura; 40)
Tido como um dos autores
mais complexos e estranhos da língua portuguesa, a escrita e a vida do
dramaturgo José Joaquim de Campos Leão, conhecido como Qorpo Santo (1829-1883)
giram em torno da incongruência e da dubiedade expressas em sua obra
"Ensiqlopèdia", que teve publicação periódica entre 1868 e 1873,
composta por pequenos textos de aforismos, crônicas e observações de natureza
literária, política, filosófica, jurídica e religiosa. Neste livro, o autor
analisa a vida e a obra de Qorpo-Santo, apoiando-se nas teses de Michel
Foucault acerca do estatuto do autor na obra literária. Para ele, Qorpo-Santo
com a "Ensiqlopèdia" apresenta-se múltiplo, incapaz de ser apanhado
como autor ou lido como obra acabada. Sua escrita fragmentada, revisada,
contradita, acompanhada da publicação de laudos médicos, sentenças judiciais
e demais afirmações sobre sua vida privada e pública explicita a atualidade
da construção da autoria.
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20.- ## Rodrigues, André Luis
RITOS DA PAIXÃO EM LAVOURA ARCAICA .
São Paulo: Universidade de São Paulo. USP, 2006. -- 178 p. ; 23x16
cm. -- (Ensaios de cultura; 30)
Trata da paixão e dos
ritos que constituem o movimento da narrativa de "Lavoura arcaica",
de Raduan Nassar; publicada originalmente como Mestrado em Literatura
Brasileira pela Universidade de São Paulo (2000). A obra "Lavoura
arcaica" ganhou em 1976, o prêmio Coelho Neto para romance, da Academia
Brasileira de Letras, o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro e Menção
Honrosa, da Associação Paulista de Críticos de Arte.
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21.- Oliveira, Alecsandra
Matias de
SCHENBERG : CRÍTICA E CRIAÇÃO .
São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2011. -- 191 p. ; 23x16 cm.
-- (Ensaios de cultura; 45)
Esta obra apresenta um
estudo sobre o trabalho como crítico de arte de Mario Schenberg, destacando,
principalmente, sua atitude como mediador e comunicador da relação
artista-obra-público. Utiliza como ponto de partida o pensamento estético e
científico do crítico de arte, mas sem dispensar elementos biográficos,
analisa, sobretudo, sua produção ligada à crítica de arte, lançando mão do
seu pensamento científico e de sua conceituação política apenas como suporte
acessório. Para examinar profundamente como se deu a inserção do físico
Schenberg no cenário da crítica de arte brasileira, foi escolhido, como
recorte da pesquisa, o período dos anos de 1935 e 1944 (quando organizou a
primeira exposição de Alfredo Volpi). A pesquisa utilizou um método
analítico, além do exercício comparativo entre dados históricos gerais e
fontes primárias e secundárias.
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22.- Iannace, Ricardo
A leitora Clarice
Lispector.
1a. ed. -- São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2001. -- (
Ensaios de cultura ; 18 ) -- 224 p. ; 23 x 16 cm.
Quais os livros que influenciaram Clarice Lispector
na composição de sua obra? O que terão lido a escritora, que se dizia “má
leitora”, e suas personagens? Este estudo revela que ela apreciava, entre
outros, Katherine Mansfield, Oscar Wilde, Eça de Queirós, Fernando Pessoa e
Dostoiévski. Ricardo Iannace, porém, vai além da simples pesquisa de fontes,
estabelecendo combinações entre autores e obras, personagens e críticos que
esboçam uma preciosa poética da leitura, na qual o roteiro das leituras de
Clarice ligadas aos temas da morte, da solidão e da angústia desemboca na
análise comparativa entre sua obra e as de seus pares.
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23.- Schwartzman, Simón, 1939-
A redescoberta da cultura.
1a. ed. -- São Paulo : Universidade de São
Paulo. USP, 1997. -- ( Ensaios de cultura ; 10 ) -- 179
p. ; 23 x 16 cm.
O tema da cultura, central nas discussões sobre a
realidade social e humana, sempre despertou polêmicas no mundo das ciências
sociais. A redescoberta da cultura, segundo Simon Schwartzman, permite
reintroduzir nas ciências sociais as questões do conteúdo e do sentido da
vida em comum, postas de lado pelo formalismo da sociologia do pós-guerra. Os
ensaios aqui reunidos, escritos no calor dos debates sobre a questão
cultural, exploram e aprofundam o tema em três aspectos: a relação da cultura
com as ciências sociais e a educação, a incorporação da cultura pelas
ciências sociais e, por último, o entendimento do projeto modernista, do qual
a atividade científica e educacional é parte central.
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24.- Lopes, Hélio
Letras de Minas e
outros ensaios.
1a. ed. -- São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 1997. -- (
Ensaios de cultura ; 9 ) -- 443 p. ; 23 x 16 cm.
Seleção de ensaios que tratam principalmente do
arcadismo brasileiro, escritos por um autor que se coloca sem nenhum favor na
tradição dos grandes críticos que estudaram o movimento, como Antonio
Candido, Sérgio Buarque de Holanda ou Eduardo Frieiro. Hélio Lopes alia sua
impressionante erudição histórico-literária, abrangendo dos clássicos latinos
aos árcades mineiros, a uma clareza expositiva que conduz o leitor pela
oratória e pela lírica setecentista em seus autores principais, mas que
também resgata escritores esquecidos cujo conhecimento amplia a compreensão
da formação de nossa literatura. O volume, organizado e apresentado por
Alfredo Bosi, inclui ainda outras áreas de interesse do autor, que envereda
pela análise de escritores e temas do romantismo brasileiro e pela
interpretação de poemas de autores modernos como Jorge de Lima e Murilo
Mendes.
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25.- Calobrezi, Edna Tarabori
Morte e alteridade em
Estas estórias.
1a. ed. -- São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2001. -- (
Ensaios de cultura ; 20 ) -- 263 p. ;
23 x 16 cm.
Guimarães Rosa não chegou
a completar a revisão definitiva de "Estas Estórias", livro
publicado postumamente sob os cuidados de Paulo Rónai e ainda pouco estudado
pela crítica. Calobrezi faz aqui uma análise de conjunto dessa obra do
escritor mineiro, da perspectiva da psicanálise aplicada aos estudos
literários, centrada em dois eixos temáticos que funcionam como verdadeiras
chaves de leitura. Mostra como o conceito do estranho freudiano se apresenta
ora como fruto do isolamento dos protagonistas, ora por meio da presença do
duplo invertido, o que revela uma possibilidade de vida diversa e reconcilia
o indivíduo com sua própria alteridade. A autora também procura desatar os
nós da escrita rosiana, analisando as cifras literárias do dilema do homem
diante da proximidade da morte.
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26.- Garcia, Maria Lúcia Teixeira
Problemas no casamento : a presenc¸a utópica do amor
romântico.
1a. ed. -- São Paulo : Universidade de São
Paulo. USP, 2004. -- ( Ensaios de cultura ; 28 ) -- 263
p. ; 23 x 16 cm.
Partindo das mudanças pelas quais a sociedade vem passando, e como
elas incidem sobre a família e, mais especificamente, sobre as relações
conjugais, a autora tece análise sobre as estratégias adotadas por mulheres
de classe média da cidade de Vitória, Espírito Santo, diante de problemas
enfrentados em seus relacionamentos. Com uma metodologia inovadora, ela dá voz
às mulheres entrevistadas, mostrando a heterogeneidade, transitoriedade,
flexibilidade e incerteza da vida moderna. Em sua pesquisa a autora pôde
constatar a permanência da utopia do amor romântico, que define a felicidade
como o que é desejado, e o modo pelo qual as entrevistadas veem a posição do
casal em relação ao ponto almejado. Essa utopia permanece no discurso das
entrevistadas como um farol que ilumina suas atitudes.
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