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terça-feira, 17 de julho de 2012

Coleção Ensaios de Cultura

Coleção Ensaios de Cultura 
Esta coleção é composta de ensaios que apresentam reflexões inovadoras sobre ciência e arte, escritos por autores brasileiros ou estrangeiros, em diferentes áreas do conhecimento, como História, Filosofia, Estudos Literários, Psicologia, entre outras. 

1.- Silva, Maurício Pedro
A HÉLADE E O SUBÚRBIO : CONFRONTOS LITERÁRIOS NA BELLE ÉPOQUE CARIOCA .

São Paulo: Universidade de São Paulo. USP, 2006. -- 125 p. ; 23x16 cm.  -- (Ensaios de cultura; 29)

A literatura Belle Époque caracterizada fundamentalmente pela existência de diversas tendências literárias concomitantemente, é examinada pelo autor mediante o confronto de duas tendências, com foco em seus representantes mais eminentes: a literatura oficial, conservadora, representada por Coelho Neto, e a literatura pré-modernista, renovadora e questionadora, representada por Lima Barreto.
2.- Manfrini, Bianca Ribeiro
A MULHER E A CIDADE : IMAGENS DA MODERNIDADE BRASILEIRA EM QUATRO ESCRITORAS PAULISTAS .

São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2011. -- 262 p. ; 23x16 cm.  -- (Ensaios de cultura; 43)

A relação entre autoras de diferentes décadas do século XX – Patrícia Galvão, Maria José Dupré, e Zulmira Ribeira Tavares – é o objetivo da pesquisa da autora que culminou neste livro. O intuito principal da abordagem é observar como o conjunto da obra dessas escritoras dá forma, representa e sedimenta uma modernidade realizada tardiamente naquela que pode ser considerada a cidade mais moderna do país, observa a autora. A especificidade de obras tão distintas é justamente sua irregularidade e a descontinuidade da paisagem urbana nas obras, em regiões como o Itaim-Bibi, e o Brás. A análise da implantação da modernidade, realizada de maneira desigual, se mostra importante para a discussão de obras tão distintas. Para a autora, o estudo dessas escritoras pode sugerir uma reflexão sobre nossa historiografia literária, que as marginalizou por diversos motivos, e as próprias lacunas dessa historiografia, inclusive críticas.
3.- Passos, Cleusa Rios P.
AS ARMADILHAS DO SABER : RELAÇÕES ENTRE LITERATURA E PSICANÁLISE .

São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2009. -- 208 p. ; 23x16 cm.  -- (Ensaios de cultura; 37)

A autora apresenta neste livro, diversos ensaios, escritos em momentos diferentes e reunidos para essa publicação, que têm em comum o objetivo de verificar a presença e a transmutação de conceitos e procedimentos psicanalíticos em textos da prosa, da canção popular e do teatro da literatura brasileira. Os textos analisam autores como Machado de Assis, Chico Buarque, Oswald de Andrade, Murilo Mendes, Cecília Meireles e Clarice Lispector, sempre sob a perspectiva da crítica literária. Segundo a autora, a leitura se apóia no que considera subsídios psicanalíticos para a interpretação literária, enfatizando que não pretende reduzir o literário a exemplos da psicanálise, e observando os limites entre os dois campos, evitando que um sirva de mera ilustração do outro, para, isto sim, estabelecerem confluências entre si.
4.- ## Braga-Pinto, César
AS PROMESSAS DA HISTÓRIA : DISCURSOS PROFÉTICOS E ASSIMILAÇÃO NO BRASIL COLONIAL (1500-1700)

São Paulo: Universidade de São Paulo. USP, 2003. -- 221 p. ; 23x16 cm.  -- (Ensaios de cultura; 23)

Por meio da leitura de textos dos séculos XVI e XVII pertencentes a diferentes gêneros literários - narrativas de viagem, poesia mística, autos religiosos e tratados - discute como, durante os dois primeiros séculos do período colonial brasileiro, o contraste entre um certo otimismo dos discursos proféticos e a realidade presente está articulado. Obra desenvolvida a partir de tese de doutoramento em Literatura Comparada pela Universidade da Califórnia em 1999.
5.- ## Santos, Márcio
BANDEIRANTES PAULISTAS NO SERTÃO DO SÃO FRANCISCO : POVOAMENTO E EXPANSÃO PECUÁRIA DE 1688 A 1734 .

São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2009. -- 182 p. ; 23x16 cm.  -- (Ensaios de cultura; 41)

O autor revela, neste livro, o processo por meio do qual grupos sertanistas de São Paulo abandonaram a tradicional mobilidade associada aos paulistas para se estabelecerem como criadores de gado no remoto sertão do São Francisco. Instabilidade e mobilidade eram características comumente associadas pelos historiadores da primeira metade do século XX à circulação dos paulistas pelo interior da América portuguesa. Entretanto, o autor mostra que esses paulistas tinham intenção de enraizarem-se e que o processo de conquista e expansão do território esteve relacionado às dificuldades de acesso à terra que encontravam em São Paulo. Outro aspecto importante da pesquisa do autor é o de revelar o processo de povoamento nas regiões não-mineradoras, focalizando especificamente as cidades do norte e noroeste de Minas Gerais, como São Romão, Januária e Montes Claros.
6.- Queiroz, Renato da Silva
CAIPIRAS NEGROS NO VALE DO RIBEIRA : UM ESTUDO DE ANTROPOLOGIA ECONÔMICA .

2a. ed. .-- São Paulo: Universidade de São Paulo. USP, 2006. -- 136 p. ; 23x16 cm.

Sítio arqueológico da história da escravidão negra brasileira, o bairro rural de Ivaporunduva, localizado no Vale do Ribeira de Iguape, interior paulista, é considerado uma comunidade remanescente de quilombos formados entre os séculos XVII e XVIII. Num movimento de resistência, os habitantes isolaram-se no local para fugir da discriminação e evitar desagregação do grupo que permaneceu pobre e anônimo. Neste livro, o autor apresenta um estudo da situação socioeconômica desse grupo social formado majoritariamente por negros católicos, e preenche a lacuna bibliográfica provocada pela quase ausência de trabalhos acadêmicos sobre a população negra brasileira em ambiente rural.
7.- ## Bernucci, Leopoldo M., -1952
DISCURSO, CIÊNCIA E CONTROVÉRSIA EM EUCLIDES DA CUNHA .

São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2008. -- 188 p. ; 23x16 cm.  -- (Ensaios de cultura; 35)

Este livro reúne doze ensaios de pesquisadores de renome que debatem controvertidos temas ligados aos estudos de Euclides da Cunha. Os ensaios aqui reunidos pretendem discutir a diversidade de perspectivas críticas admitidas pela leitura crítica de "Os sertões", as quais vão desde a preocupação histórica e biográfica até questões propriamente interpretativas. Discute-se também a influência da obra sobre considerável número de textos ficcionais e não-ficcionais, produzidos dentro e fora do Brasil; a apropriação pelo autor das teorias científicas de sua época; a heterogeneidade discursiva do livro; entre outros temas.
8.- Pondé, Luiz Felipe, -1959
DO PENSAMENTO NO DESERTO : ENSAIOS DE FILOSOFIA, TEOLOGIA E LITERATURA .

São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2009. -- 264 p. ; 23x16 cm.  -- (Ensaios de cultura; 38)

Coletânea de ensaios escritos entre 2000 e 2006, alguns deles inéditos e outros publicados em periódicos acadêmicos, nos quais o filósofo Luiz Felipe Pondé trata de temas relacionados à filosofia e teologia. O autor é um crítico da modernidade, no sentido conservador do termo. Para ele, a esterilidade de nosso tempo se traduz de forma absoluta, seja no campo da crítica à instrumentalização da vida, seja na euforia tecnológica e hedonista característica daqueles que apostam na emancipação prometida pelo progresso técnico e o estímulo sensual. No espaço destes ensaios, Pondé tenta compreender algumas questões da tradição do pensamento ocidental que afetam a chamada condição humana, presentes na matéria histórica contemporânea, e seu alcance epistemológico e moral.
9.- Aguiar, Joaquim Alves de
ESPAÇOS DA MEMÓRIA : UM ESTUDO SOBRE PEDRO NAVA .

São Paulo: Universidade de São Paulo. USP, 1998. -- 224 p. ; 23x16 cm.  -- (Ensaios de cultura)

Nesta reconstituição do processo de formação de Pedro Nava, configurado em sua obra memorialística, e visitado os espaços diversos em que ela transcorreu: a casa, a rua, a escola, o trabalho, que correspondem a fases da vida do autor mineiro, infância, adolescência, juventude e maturidade. Ao seguir o narrador de Nava buscando os pontos em que a vida e a litaratura se misturam no ato de recordar e escrever, Joaquim Aguiar traça ao mesmo tempo um retrato da persona literária do autor, contextualizando-o no cenário do Modernismo brasileiro, revendo sua convivência estreita com figuras marcantes do país, o intervalo entre suas primeiras produções literárias e a eclosão tardia do ciclo de memórias, a partir da publicação de "Baú de Ossos", em 1972, até culminar no silêncio enigmático do suicídio, limite da vida e da obra.
10.- ## Kestler, Izabela Maria Furtado, -1959
EXÍLIO E LITERATURA : ESCRITORES DE FALA ALEMÃ DURANTE A ÉPOCA DO NAZISMO .

São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2003. -- 291 p. ; 23x16 cm.  -- (Ensaios de cultura; 22)

Traça um painel das trajetórias biográficas dos escritores e intelectuais exilados no Brasil assim como das atividades antifascistas de vários grupos, e apresenta um quadro da produção escrita e ou inspirada pela estadia no Brasil. Em seguida, aborda as obras de três autores: Stefan Zweig, Ulrich Becher e Hugo Simon.
11.- ## Lima, Luís Corrêa
FERNAND BRAUDEL E O BRASIL : VIVÊNCIA E BRASILIANISMO (1935-1945) .

São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2009. -- 216 p. ; 23x16 cm.  -- (Ensaios de cultura; 39)

O historiador Fernand Braudel viveu uma grande transformação humana e intelectual quando esteve no Brasil entre 1935 e 1937, lecionando na recém-criada Universidade de São Paulo. Integrou a chamada missão francesa incumbida da montagem da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. O significado do Brasil na vida e no pensamento de Braudel é o tema desta obra, que resgata a face brasileira do historiador e apresenta os trechos do manuscrito inacabado sobre a história do Brasil no século XVI, nunca antes publicado. No período em que Braudel esteve na prisão nazista, durante a Segunda Guerra Mundial, prosseguiu com sua tese, analisou a obra de Gilberto Freyre e redigiu esse ensaio sobre o Brasil. O autor apresenta as razões da vinda do historiador ao Brasil, o seu trabalho na universidade e no país, as amizades que fez entre os membros da elite paulistana, os escritores e intelectuais que manteve contato e seu interesse pela história do país.
12.- Ornellas, Clara Ávila
JOÃO ANTÔNIO, LEITOR DE LIMA BARRETO .

São Paulo: Universidade de São Paulo. USP, 2011. -- 252 p. ; 23x16 cm.  -- (Ensaios de cultura; 44)

Trata-se da abordagem das obras dos dois escritores em busca de particularidades que atestem semelhanças e diferenças entre os pontos de vista de ambos no que concerce a três subtemas específicos: relação cidade e literatura, jornalismo e literatura e tolstoísmo. Atesta-se como João Antônio, reconhecido admirador de Lima Barreto, apresenta similaridades com o pensamento barretiano principalmente em relação à valorização do homem como centro do objeto estético. Porém, como pode ser verificado, nem por isso ele foi um simples seguidor da obra do autor carioca. Isso pode ser atestado principalmente ao se observar as particularidades da produção do escritor paulistano no condizente à linguagem, contexto histórico e composição artística.
13.- ## Bulhões, Marcelo
LEITURAS DO DESEJO : O EROTISMO NO ROMANCE NATURALISTA BRASILEIRO .

São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2003. -- 242 p. ; 23x16 cm.  -- (Ensaios de cultura; 21)

Analisa os componentes discursivos da representação eróticae avalia a presença do desnudamento erótico no processo de narração da prosa naturalista a partir de algumas situações identificadas nos romances "A carne" (1888) de Júlio Ribeiro, "O urso" (1901) de Antônio de Oliveira, "O cromo" (1888) de Horácio de Carvalho, "O homem" (1887) e "O cortiço" (1890)de Aluísio de Azevedo, entre outros. Marcelo Bulhões é doutor em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo eprofessor de Língua e Literatura Portuguesa na UniversidadeEstadual de São Paulo.
14.- ## Ferreira, Carlos Rogé
LITERATURA E JORNALISMO, PRÁTICAS POLÍTICAS : DISCURSOS E CONTRADISCURSOS, O NOVO JORNALISMO, O ROMANCE-REPORTAGEM E OS LIVROS-REPORTAGEM .

São Paulo: Universidade de São Paulo. USP, 2003. -- 427 p. ; 23x16 cm.  -- (Ensaios de cultura; 24)

Doutorado em Comunicação pela Universidade de São Paulo (2001). Examina as relações entre contradiscursos, um discurso emancipador de esquerda e narrativas literário-jornalísticas, em torno da articulação da esfera pública e da luta de classes.
15.- ## Almeida, Teresa de
LÚCIO CARDOSO E JULIEN GREEN : TRANSGRESSÃO E CULPA .

São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2009. -- 231 p. ; 23x16 cm.  -- (Ensaios de cultura; 42)

A autora propõe neste livro uma análise comparativa da obra de Lúcio Cardoso e Julien Green, escritores que se distinguiram por um sentimento angustiado do embate entre forças interiores extremas. Baseando-se em semelhanças evidentes, e fundamentada em uma bibliografia relevante, a autora preocupa-se em destacar o diálogo de situações que aproximam os dois escritores, identificando as circunstâncias semelhantes, o círculo de amizades, as referências literárias de ambos. A análise de Teresa estrutura-se em duas partes. A primeira compreende o contexto estético e religioso das duas culturas, e a segunda, o confronto entre temas e imagens presentes nos dois autores. Assim, o livro segue um movimento de fora para dentro, em um aprofundamento que busca os pormenores e, por meio deles, apreender outros laços, estes mais propriamente literários.
16.- ## Rosenbaum, Yudith
METAMORFOSES DO MAL : UMA LEITURA DE CLARICE LISPECTOR .

São Paulo: Universidade de São Paulo. USP, 2006. -- 184 p. ; 23x16 cm.  -- (Ensaios de cultura; 17)

Psicóloga e Doutora em Teoria Literária pela Universidade de São Paulo, a autora realiza um ensaio dividido em seis capítulos sobre a ficção de Clarice Lispector a partir de uma visão psicanalítica. Prólogo: Vilma Arêas.
17.- Oliveira, Waltencir Alves de
O GOSTO DOS EXTREMOS : TENSÃO E DUALIDADE NA POESIA DE JOÃO CABRAL DE MELO NETO, DE PEDRA DO SONO A ANDANDO SEVILHA .

São Paulo: Universidade de São Paulo. USP, 2012. -- 158 p. ; 23x16 cm.  -- (Ensaios de cultura; 46)

O trabalho é uma leitura da obra de João Cabral de Melo Neto, de "Pedra do Sono" a "Andando Sevilha", reavaliando algumas considerações de sua Fortuna Crítica. Promove-se a revisão de alguns estudos definidores da poética cabralina que postularam que sua lógica de composição está atrelada à segmentação de sua poesia em duas vertentes: as "duas águas". Apresenta-se, portanto, a análise dos seis livros do poeta de "Museu de Tudo" a "Andando Sevilha" que conferem ao todo da poesia de João Cabral uma nova conformação. A partir da análise da tematização do lirismo-amoroso e do feminino e da inscrição do autobiográfico na obra, problematiza-se a divisão da poesia cabralina em duas vertentes e reconsideram-se os desdobramentos dela decorrentes.
18.- ## Gouvêa, Leila V. B.
PENSAMENTO E "LIRISMO PURO" NA POESIA DE CECÍLIA MEIRELES .

São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2008. -- 245 p. ; 23x16 cm.  -- (Ensaios de cultura; 34)

A singularidade da poesia de Cecília Meireles face ao modernismo é a questão inicial colocada por Leila Gouvêa neste ensaio: para a autora, pode-se caracterizá-la como poesia moderna dentro da tradição pós-simbolista internacional. Analisando as obras de Cecília, desde a fase inicial até sua produção madura, a autora procura identificar o pensamento estético da escritora, a presença do cotidiano em sua poesia, como a genealogia do pensamento e da "metafísica" atravessa sua lírica, a presença do mito, a presença e o sentimento do tempo histórico na poética ceciliana. Leila Gouvêa é doutora em Letras pela Universidade de São Paulo.
19.- Arantes, Marco Antonio, -1946
QORPO-SANTO : INOVAÇÃO E CONSERVAÇÃO .

São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2009. -- 216 p. ; 23x16 cm.  -- (Ensaios de cultura; 40)

Tido como um dos autores mais complexos e estranhos da língua portuguesa, a escrita e a vida do dramaturgo José Joaquim de Campos Leão, conhecido como Qorpo Santo (1829-1883) giram em torno da incongruência e da dubiedade expressas em sua obra "Ensiqlopèdia", que teve publicação periódica entre 1868 e 1873, composta por pequenos textos de aforismos, crônicas e observações de natureza literária, política, filosófica, jurídica e religiosa. Neste livro, o autor analisa a vida e a obra de Qorpo-Santo, apoiando-se nas teses de Michel Foucault acerca do estatuto do autor na obra literária. Para ele, Qorpo-Santo com a "Ensiqlopèdia" apresenta-se múltiplo, incapaz de ser apanhado como autor ou lido como obra acabada. Sua escrita fragmentada, revisada, contradita, acompanhada da publicação de laudos médicos, sentenças judiciais e demais afirmações sobre sua vida privada e pública explicita a atualidade da construção da autoria.
20.- ## Rodrigues, André Luis
RITOS DA PAIXÃO EM LAVOURA ARCAICA .

São Paulo: Universidade de São Paulo. USP, 2006. -- 178 p. ; 23x16 cm.  -- (Ensaios de cultura; 30)

Trata da paixão e dos ritos que constituem o movimento da narrativa de "Lavoura arcaica", de Raduan Nassar; publicada originalmente como Mestrado em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (2000). A obra "Lavoura arcaica" ganhou em 1976, o prêmio Coelho Neto para romance, da Academia Brasileira de Letras, o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro e Menção Honrosa, da Associação Paulista de Críticos de Arte.
21.- Oliveira, Alecsandra Matias de
SCHENBERG : CRÍTICA E CRIAÇÃO .

São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2011. -- 191 p. ; 23x16 cm.  -- (Ensaios de cultura; 45)

Esta obra apresenta um estudo sobre o trabalho como crítico de arte de Mario Schenberg, destacando, principalmente, sua atitude como mediador e comunicador da relação artista-obra-público. Utiliza como ponto de partida o pensamento estético e científico do crítico de arte, mas sem dispensar elementos biográficos, analisa, sobretudo, sua produção ligada à crítica de arte, lançando mão do seu pensamento científico e de sua conceituação política apenas como suporte acessório. Para examinar profundamente como se deu a inserção do físico Schenberg no cenário da crítica de arte brasileira, foi escolhido, como recorte da pesquisa, o período dos anos de 1935 e 1944 (quando organizou a primeira exposição de Alfredo Volpi). A pesquisa utilizou um método analítico, além do exercício comparativo entre dados históricos gerais e fontes primárias e secundárias.
22.- Iannace, Ricardo
A leitora Clarice Lispector.

1a. ed. -- São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2001. -- ( Ensaios de cultura ; 18 )  --  224 p. ; 23 x 16 cm.

Quais os livros que influenciaram Clarice Lispector na composição de sua obra? O que terão lido a escritora, que se dizia “má leitora”, e suas personagens? Este estudo revela que ela apreciava, entre outros, Katherine Mansfield, Oscar Wilde, Eça de Queirós, Fernando Pessoa e Dostoiévski. Ricardo Iannace, porém, vai além da simples pesquisa de fontes, estabelecendo combinações entre autores e obras, personagens e críticos que esboçam uma preciosa poética da leitura, na qual o roteiro das leituras de Clarice ligadas aos temas da morte, da solidão e da angústia desemboca na análise comparativa entre sua obra e as de seus pares.
23.- Schwartzman, Simón, 1939-
A redescoberta da cultura.

1a. ed. -- São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 1997. -- ( Ensaios de cultura ; 10 )  --  179 p. ; 23 x 16 cm.

O tema da cultura, central nas discussões sobre a realidade social e humana, sempre despertou polêmicas no mundo das ciências sociais. A redescoberta da cultura, segundo Simon Schwartzman, permite reintroduzir nas ciências sociais as questões do conteúdo e do sentido da vida em comum, postas de lado pelo formalismo da sociologia do pós-guerra. Os ensaios aqui reunidos, escritos no calor dos debates sobre a questão cultural, exploram e aprofundam o tema em três aspectos: a relação da cultura com as ciências sociais e a educação, a incorporação da cultura pelas ciências sociais e, por último, o entendimento do projeto modernista, do qual a atividade científica e educacional é parte central.
24.- Lopes, Hélio
Letras de Minas e outros ensaios.

1a. ed. -- São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 1997. -- ( Ensaios de cultura ; 9 )  --  443 p. ; 23 x 16 cm.

Seleção de ensaios que tratam principalmente do arcadismo brasileiro, escritos por um autor que se coloca sem nenhum favor na tradição dos grandes críticos que estudaram o movimento, como Antonio Candido, Sérgio Buarque de Holanda ou Eduardo Frieiro. Hélio Lopes alia sua impressionante erudição histórico-literária, abrangendo dos clássicos latinos aos árcades mineiros, a uma clareza expositiva que conduz o leitor pela oratória e pela lírica setecentista em seus autores principais, mas que também resgata escritores esquecidos cujo conhecimento amplia a compreensão da formação de nossa literatura. O volume, organizado e apresentado por Alfredo Bosi, inclui ainda outras áreas de interesse do autor, que envereda pela análise de escritores e temas do romantismo brasileiro e pela interpretação de poemas de autores modernos como Jorge de Lima e Murilo Mendes.
25.- Calobrezi, Edna Tarabori
Morte e alteridade em Estas estórias.

1a. ed. -- São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2001. -- ( Ensaios de cultura ; 20 ) --  263 p. ; 23 x 16 cm.

Guimarães Rosa não chegou a completar a revisão definitiva de "Estas Estórias", livro publicado postumamente sob os cuidados de Paulo Rónai e ainda pouco estudado pela crítica. Calobrezi faz aqui uma análise de conjunto dessa obra do escritor mineiro, da perspectiva da psicanálise aplicada aos estudos literários, centrada em dois eixos temáticos que funcionam como verdadeiras chaves de leitura. Mostra como o conceito do estranho freudiano se apresenta ora como fruto do isolamento dos protagonistas, ora por meio da presença do duplo invertido, o que revela uma possibilidade de vida diversa e reconcilia o indivíduo com sua própria alteridade. A autora também procura desatar os nós da escrita rosiana, analisando as cifras literárias do dilema do homem diante da proximidade da morte.

26.- Garcia, Maria Lúcia Teixeira
Problemas no casamento : a presenc¸a utópica do amor romântico.

1a. ed. -- São Paulo : Universidade de São Paulo. USP, 2004. -- ( Ensaios de cultura ; 28 )  --  263 p. ; 23 x 16 cm.

Partindo das mudanças pelas quais a sociedade vem passando, e como elas incidem sobre a família e, mais especificamente, sobre as relações conjugais, a autora tece análise sobre as estratégias adotadas por mulheres de classe média da cidade de Vitória, Espírito Santo, diante de problemas enfrentados em seus relacionamentos. Com uma metodologia inovadora, ela dá voz às mulheres entrevistadas, mostrando a heterogeneidade, transitoriedade, flexibilidade e incerteza da vida moderna. Em sua pesquisa a autora pôde constatar a permanência da utopia do amor romântico, que define a felicidade como o que é desejado, e o modo pelo qual as entrevistadas veem a posição do casal em relação ao ponto almejado. Essa utopia permanece no discurso das entrevistadas como um farol que ilumina suas atitudes.

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