Celso
Furtado praticamente dispensa apresentações.
Foi o maior intelectual brasileiro do século XX. Mais do que técnico,
professor ou ministro, mais do que homem público exemplar, personificou a
esperança desenvolvimentista. Mais do que economista, foi um homem de
cultura, com sólida formação humanista e um dom primoroso para a exposição de
idéias. Alguns de seus livros tornaram-se clássicos e foram traduzidos no
mundo inteiro. Metódico, organizado, Furtado deixou riquíssima documentação:
manuscritos, anotações detalhadas de cursos, estudos preliminares, relatórios,
correspondência, entrevistas e artigos que hoje estão inacessíveis. É sobre
esse material que Rosa Freire d’Aguiar Furtado se debruçou para organizar os
Arquivos Celso Furtado, que o Centro Celso Furtado de Políticas para o
Desenvolvimento e a editora Contraponto começam a publicar. Em cada um deles,
autores contemporâneos serão chamados a comentar esses trabalhos inéditos.
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1.- Furtado,
Celso, 1920-2004
Ensaios
sobre a Venezuela : subdesenvolvimento com abundância de divisas. -- 1a.
ed. -- Rio de Janeiro : Contraponto, 2008 - 187 p. ; il. (Arquivos Celso Furtado ; 1 )
Celso
Furtado foi um dos maiores intelectuais brasileiros do século XX. Metódico,
organizado, Furtado deixou riquíssima documentação: manuscritos, anotações
detalhadas de cursos, estudos preliminares, relatórios, correspondência,
entrevistas e artigos. Este trabalho parte de dois estudos, sobre o singular
caso da Venezuela, complementados por uma entrevista concedida lá, em 1974.
Enviado a esse país, pela primeira vez, em 1957, em missão da Comissão
Econômica para a América Latina (Cepal), Furtado pode analisar a situação
econômica da Venezuela, revelada neste trabalho.
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2.- Furtado, Celso, 1920-2004
Economia
do desenvolvimento : curso ministrado na PUC-SP em 1975. -- 1a. ed. -- Rio
de Janeiro : Contraponto, 2008 - 254 p. ; il. ( Arquivos
Celso Furtado ; 2 )
A obra reúne as anotações de um dos
mais importantes intelectuais e economistas brasileiros do século XX, para
o curso que ele ministrou na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo,
PUC-SP no ano de 1975, na disciplina intitulada "Economia do
Desenvolvimento". O livro, dividido em três partes apresenta no
primeiro capítulo "Documentos", quatro textos escritos pelo
economista durante o ano de 1975, ano que marcou sua vida por ter sido a
primeira atividade acadêmica exercida por ele no Brasil desde a cassação de
seus direitos políticos em 1964 devido à ditadura militar. No segundo
capítulo "Artigo", está um texto de Luis Carlos Bresser-Pereira, fazendo
uma homenagem, análise e contribuição de Furtado para a economia
brasileira. No terceiro e último capítulo, "Entrevista", está a
entrevista feita por Claudio Cerri, aonde Furtado discorre sobre o seu
retorno à atividade acadêmica e a situação econômica do Brasil e do mundo.
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3.- Furtado, Celso, 1920-2004
O
nordeste e a saga da Sudene : 1958-1964. -- 1a. ed. -- Rio de Janeiro :
Contraponto, 2009 - 283 p. ; il. (Arquivos Celso Furtado ;
3 )
O sudeste se industrializava,
enquanto o nordeste se consolidava como a grande "área problema"
do Brasil. Com trajetórias tão divergentes, a própria unidade nacional
poderia ser questionada, a longo prazo. Havia uma nova questão regional no
país. O assistencialismo e as obras emergenciais contra as secas, que
prevaleciam desde o século XIX, precisavam ser substituídos por uma política
de reformas estruturais e de estímulo a atividades compatíveis com as
especificidades da região. Tratava-se, antes de tudo, de criar uma economia
resistente às secas, deslocar a fronteira agrícola na direção de terras
mais úmidas, garantir o abastecimento de alimentos das cidades e promover a
industrialização.
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4.-
Furtado, Celso, 1920-2004
O
plano trienal e o ministério do planejamento. -- 1a. ed. -- Rio de Janeiro
: Contraponto, 2011 - 500 p. (Arquivos Celso Furtado ; 4 )
Em setembro de 1962, o economista
Celso Furtado recebeu do presidente João Goulart uma difícil missão: elaborar
em três meses um abrangente plano de governo. Em um cenário de crise, o
país se preparava para o plebiscito que poria fim à experiência
parlamentarista inaugurada em 1961. Na economia, a taxa de crescimento era
declinante, enquanto a inflação e o déficit no balanço de pagamentos
aumentavam. A política estava em ebulição: tensão militar e crescentes
reivindicações. Furtado porém, cumpriu com o objetivo. Em dezembro,
entregou 447 páginas repletas de diagnósticos e propostas, tudo amparado em
abundante evidência estatística. Era o Plano Trienal de Desenvolvimento
Econômico e Social,aqui reproduzido, e que hoje assombra pela ousadia e a
abrangência.
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5.- Furtado, Celso, 1920-2004
Ensaios
sobre cultura e o Ministério da Cultura. -- 1a. ed. -- Rio de Janeiro :
Contraponto ; Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o
Desenvolvimento, 2012 - 198 p. (Arquivos Celso Furtado ; 5
)
O líder intelectual
do desenvolvimentismo, o visionário da industrialização, o ministro do
Planejamento, o economista de prestígio internacional. O humanista e homem
de cultura, profundamente brasileiro e cidadão do mundo, se desvela
plenamente neste quinto volume dos Arquivos, ensaios sobre cultura. Neste
volume vemos o Celso das “Sete teses sobre a cultura brasileira” o pensador
das relações entre economia e cultura, o formulador de políticas culturais,
o leitor atento dos clássicos brasileiros: Jorge Amado, Roberto Simonsen,
Vianna Moog, Rui Barbosa, Machado de Assis, Tobias Barreto, Euclides da
Cunha e, Darcy Ribeiro. Um lado menos conhecido, mas essencial, de sua
grande obra.
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