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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Virgulino Ferreira da Silva (Lampião) e Ricardo Guilherme Dicke








Virgulino Ferreira da Silva (1898-1938), nascido na cidade de Vila Bela, atual Serra Talhada, no semi-árido do estado de Pernambuco. Sua família travava uma disputa mortal com outras famílias locais até que seu pai foi morto em confronto com a polícia em 1919. Virgulino jurou vingança e, ao fazê-lo, provou ser um homem de atitudes violentas e rudes. Tornou-se um mito em termos de disciplina. Seus métodos de comando eram certas vezes melhores ou idênticos aos do Exercito Brasileiro (EB) - que até hoje guarda em sigilo os registros a respeito das guerrilhas entre militares e o bando de Lampião. O bando chamava os militares do PM de "Macacos". Lampião é conhecido como o Robin Hood do sertão brasileiro, que roubava de fazendeiros, políticos e coronéis da época do coronelismo brasileiro para dar aos pobres miseráveis, que passavam fome e lutavam para sustentar famílias com inúmeros filhos.

A continuação apresentamos livros de Ricardo Guilherme Dicke (1936-2008), destacado autor que escreveu “Deus de Caim”, nasceu na Chapada dos Guimarães e, apesar da pouca notoriedade do grande público, era muito admirado por figuras como a escritora Hilda Hilst, que o chamou de gigante e chegou a compará-lo a Machado de Assis. Dicke alcançou reconhecimento internacional quando sua obra “O Salário dos Poetas” foi descoberta pelos portugueses e levado aos palcos de Lisboa em 2005. O romance trata de um ditador latino-americano que encontra asilo político no Brasil e, já moribundo, decide contratar um escritor para escrever um "grande livro" que eternize a sua contribuição para a humanidade.


1.- Albuquerque, Ricardo coordinador
ICONOGRAFIA DO CANGAÇO.


A história do cangaço brasileiro ganhou o imaginário popular como poucos outros casos de revoltas populares na História do Brasil. Lampião, o grande responsável por tirar o movimento do sertão profundo e levá-lo para os jornais das grandes cidades, soube valer-se dessa grande invenção que se popularizou no início do século XX: a fotografia. Acompanha um DVD que traz imagens em movimento produzidas por Benjamin Abrahão, agora numa nova montagem feita por Ricardo Albuquerque, que privilegia as cenas tematicamente e foge à caricatura impressa ao filme Lampião: o rei do cangaço, que reuniu em 1955 as imagens censuradas no final da década de 1930. Além de uma nova montagem, esta nova edição traz também aproximadamente 5 minutos a mais, recuperados, em 2002, pela Cinemateca Brasileira.


2.- Nóbrega, João Bezerra da
LAMPIÃO E O CANGAÇO NA PARAÍBA.

Este livro realiza um minucioso estudo histórico sobre o movimento popular conhecido como cangaço, e particularmente sua história e atuação no estado da Paraíba. Tendo suas raízes fincadas na desigualdade social e na pobreza no início do século XX, comum em todo o nordeste brasileiro, o cangaço teve como expoente máximo, Virgulino Ferreira da Silva (1898-1938), figura controversa que gera até os dias atuais, opiniões antagônicas sobre sua vida e seu bando. Voltado para a história paraibana, flora e fauna de seu solo, seus cangaceiros, cidades invadidas, e conflitos, esta obra mostra o combate ao cangaço feito pela ótica de um policial que na época enfrentou Virgulino e seu bando. A obra realiza desta forma, uma análise sociológica do cangaço e da polícia paraibana, enxergando no passado os dilemas, as agruras e os erros que são cometidos no presente da história brasileira.


3.- Bassetti, José Sabino ; megale, carlos césar de miranda
LAMPIÃO : SUA MORTE PASSADA A LIMPO.

A obra busca mostrar a verdadeira história de Lampião, sua morte, os problemas relacionados aos seus comandados cangaceiros e amigos ou negociantes coiteiros, assim como, as incansáveis volantes que sempre o perseguiram desde início das ações criminosas do seu bando até o massacre de Angicos que pôs fim de vez a era do cangaço. Muito mistério sempre rondou a historia do Rei do cangaço e continuará para sempre rondando, entretanto, a parcela de contribuição que deixa essa obra, é sem sombra de dúvidas, das mais importantes, das mais verdadeiras, das menos fantasiosas, enfim, um trabalho de pesquisa que transmite uma leitura de suma importância para tirarmos muitas dúvidas sobre a morte de Lampião e suas conseqüências.


4.- Dicke, Ricardo Guilherme, 1936-2008
OS SEMELHANTES.

Este romance inédito do autor, gradativamente, puxa as linhas e emaranha em laços/nós, os destinos de personagens densos, revelando subjetividades que se debatem na lama da angústia, num contexto regional. A narrativa percorre os (des)caminhos que povoam o mundo do garimpo de diamantes, girando em torno do distrito de Guia, próximo de Cuiabá, Mato Grosso, onde a busca/perda da lendária "pedra" mobiliza os conflitos.


5.- Dicke, Ricardo Guilherme, 1936-2008
CERIMÔNIAS DO SERTÃO.

Neste romance, Frutuoso Celidônio é um professor de Filosofia demitido da universidade, descansando na casa de parentes na Guia, Mato Grosso, e lá fica aprisionado pela cheia que derrubou todas as pontes de acesso ao distrito. Ele ingere medicamentos controlados para um problema mental, provavelmente esquizofrenia, fato que possibilita a exploração de conflitos paralelos, onde mundos imaginários povoados de figuras míticas se misturam ao contexto deste personagem. Além do trabalho no plano formal da narrativa, questões filosóficas inquietantes são formuladas sem, necessariamente, obterem respostas, por serem profundas e constitutivas da condição humana. Esta é mais uma obra inédita de Dicke produzida nos anos 1970.


6.- Dicke, Ricardo Guilherme, 1936-2008
O VELHO MOÇO E OUTROS CONTOS.

Reúne três narrativas inéditas de Guilherme Dicke, produzidas meses antes de seu falecimento. Aparentemente, ele as reuniu ao acaso, mas é provável que tenha preparado uma sutil e potente intersecção de histórias em torno do eixo vida-morte, pressentindo, de modo premonitório, a sua partida. Desde a ordinariedade de sentimentos de um narrador velho e rabugento que vocifera contra a massificação do gosto e a estupidez dos gestos em "A perseguição" – explorando um raro senso de humor em sua obra (ainda que negro, pra não perder o espírito) – até a mais funda inquisição sobre a transcendência, no limiar entre a vida e a morte, em "A noite", passando pelo diálogo antitético sobre juventude e velhice que o tempo obriga a instaurar, em "O Velho Moço", tudo revela que o ser humano ainda se debate na questão primordial: decifrar-se.


7.- Dicke, Ricardo Guilherme, 1936-2008
A PROXIMIDADE DO MAR & A ILHA.

Esta obra traz dois testos de Dicke: "A Proximidade do Mar" narra a história de Catalina e Beldroaldo; onde ambos queriam conhecer o mar. Ela satisfez seu desejo cedendo sua virgindade; ele, por apego a um amontoado de metal já carcomido pelo tempo, o Fusca, deixa de realizá-lo, pois se recusa a vendê-lo. Já em "A ilha", apresenta um novo mundo, entrecortado por árvores frutíferas, animais silvestres, um rio de águas cristalinas, e de novo o mar. Um homem e duas mulheres, quase expostas. Como agir sendo sobreviventes em uma ilha paradisíaca, ladeados por mulheres esculturais, largados numa caverna? Beldroaldo e Miguel, dois personagens de histórias distintas, porém iguais em seus infortúnios: dois perdedores.












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